segunda-feira, 2 de maio de 2011

Palavras, Mais do Que Palavras

Por Thaís Ricci

“Palavras”



Você se arrependeu de dizer algo?
E de não dizer nada?
Quando sabemos o que, para quem, e quando falar?
Correr o risco ou viver na agonia da espera?

Palavras podem ser boas ou más:
Depende do ponto de vista,
De quem escuta,
De como falamos...
Mil interpretações para a mesma frase.

As ditas no calor da emoção
Na maioria das vezes só causam aflição
E então, começa a busca...
 Por melhores palavras que contornem o que foi dito antes.
Ou não, e outras tantas palavras são ditas sem pensar...
Palavras não sabem traduzir emoções.
Depois: só fica o silêncio...

Palavras que não deveriam fazer parte de nossa vida:
O Talvez: Entre o sim e o não...tamanha indecisão;
Nunca: impossibilita um fato surpreendente;
Adeus: que faz morrer a esperança do reencontro.

No final das contas, palavras são sempre mais do que palavras.
Até mesmo quando não se diz nada.



quinta-feira, 3 de março de 2011

Reticências...

(...)


É... quem diria que ficaríamos assim.
Dois tagarelas sem palavras,
Um silêncio sem fim.

Nada é tão fácil quanto parece,
Nem tão difícil como pensávamos ser.
O coração sofre e o corpo padece,
Só aumenta, como o frio ao anoitecer.

Ô menina, você não sabe o que fez!
Mexeu comigo de um jeito diferente,
Não deu pra fugir, talvez não queria
Chegou a minha vez.

Como foi bom ficar ao seu lado,
você não tem noção.
Eu conheço esse cara aqui de dentro,
tenho certeza que não foi ilusão.

Longe dos olhos, perto do coração.
Constante na memória, nos sonhos;
A luta entre a razão e a emoção.

Talvez seja melhor assim,
guardar pra sempre na lembrança
todas as alegrias dessa história sem fim.

Reticências... sem ponto final, nem um pontinho.
É isso que queremos. 
Se querer não é poder,
É, pelo menos, metade do caminho. 



sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Acho que já vi esse filme...

 Déjà vu


O ano é 2011, mas parece que voltei a viver o início do ano de 2010.

É tudo sempre igual: as pessoas saem de férias, as escolas param, não tem futebol na tv, os programas esportivos ficam chatos, os reallities Shows são piores ainda...

Só que mais coisas se repetiram e, acredite, são muito piores do que assistir a mais uma edição do BBB: as chuvas, as enchentes, as tragédias. 

No Rio de Janeiro, novos desmoronamentos, mortes, desaparecidos. Em São Paulo, enchentes, caos no trânsito, muitos desabrigados, prejuízos incontáveis.

Mas não é preciso ir muito longe. Vou me limitar a falar sobre a minha cidade, Atibaia, a cerca de 70km de São Paulo capital.

Tal como em 2010, o ano novo começou com o pé esquerdo (para não dizer com o pé na lama) para muita gente.

Chuva, muita chuva. Falta de saneamento básico, ausência de ações preventivas contra enchentes, tudo isso só poderia resultar em graves problemas para a população. 

O resultado dessa equação é simples: chuva + descaso das autoridades = tragédias
O mais revoltante de tudo isso é que, ao que parece, as autoridades ainda não aprenderam com os erros do passado. É de conhecimento público que os primeiros meses do ano são de alto nível pluviométrico e que, caso não se tomem medidas preventivas contra enchentes, os prejuízos serão certos.

Porém, não obstante, novamente, os mesmos (e graves) problemas se repetiram. E mais vidas que se foram...

E o que é pior. Muitas pessoas que sofreram com as enchentes do ano passado, depois de muita luta, esforço e trabalho para reconstruirem suas vidas, eles se vêem novamente com um único bem: a vida. Isto é, aqueles que por Deus, por sorte, ou por ambos, conseguiram sobreviver.

Como se fosse uma tradição ter sua casa invadida por uma enxurrada lamacenta malcheirosa...  

E a culpa é de quem? Isso também se repete. O dircurso do jogo de empurra-empurra é mais conhecido do que marchinha de carnaval. O prefeito culpa o governo do estado, que, por sua vez, reclama da falta de verba do governo federal. Aí, quando não se tem mais para quem empurrar, dizem que a culpa é da... chuva(!!!). A culpa é da natureza.

Ninguém admite. Nem mesmo aqueles que invadiram áreas de risco, de várzea, que em outras épocas eram pastos e hoje são grandes áreas asfaltadas ou de concreto.

A culpa é de todos. É o nosso planeta pedindo socorro. Ou tentando retomar o que tiramos dele. É a reação contra uma ação. É inevitável.

A história ensina que o planeta já provocou a extinção de gerações para reestabelecer o equilíbrio da natureza. Foi assim com os dinossauros, segundo os cientistas. Foi assim no dilúvio, segundo a bíblia. Até nisso ambas as correntes concordam. E veja que isso nunca foi tão simples acontecer.

É, parece que já vi esse filme...

E acho que não gostei do final.