quinta-feira, 30 de julho de 2009

Politicamente Correto? Cacildis!

O preconceito está nos olhos de quem vê



*Texto Publicado em Julho/2009.



Precavido leitor, minuciosa leitora. Cuidado! Os vigias do “politicamente correto” estão de olhos bem abertos para tudo e trabalhando a todo vapor. Qualquer palavra mal colocada, ainda que por brincadeira, pode levar a sérias complicações, inclusive denúncias de racismo! O debate está em alta, borbulha tanto nas redações e na internet quanto nas rodas de amigos.


Fruto de uma cultura escravocrata e discriminatória, nós brasileiros, até que soubemos lidar naturalmente com o problema, e herdamos também um antídoto para o chamado preconceito: o bom-humor. Ficamos até mundialmente conhecidos pela proeza de conseguir fazer piada do próprio sofrimento.


Desde o final de 2004, no entanto, quando o Presidente Lula, por meio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos publicou a chamada “Cartilha do Politicamente Correto”, reascendeu uma enorme polêmica, antes adormecida: a partir de então, seria proibido o uso de palavras em livros ou meios de comunicação de massa que pudessem ser interpretadas de forma pejorativa. “Preto”, “beata”, “funcionário público” e “anão” são alguns exemplos citados na publicação.


O recado era dado especialmente a políticos, jornalistas, professores e outros profissionais com certo poder de influência, mas atingiria também toda a população.


Quanto a você, caro leitor, se por ventura encontrar aquele amigo de infância, o qual chamava carinhosamente de “Neguinho”, ou aquele ruivinho, mais conhecido como “Ferrugem”, cuidado. Qualquer pessoa que se sentir incomodado ou ofendido com o apelido pode acionar a justiça. Se for assistir a um jogo de futebol, então, mais cuidado ainda ao xingar o juíz! Para os mais exaltados, “descentente de senhoras que comercializam o próprio corpo” seria uma sugestão politicamente correta em vez do habitual.


O caso mais recente envolvendo a polêmica do racismo no Brasil surgiu da internet. Danilo Gentili, que ficou conhecido como o repórter inexperiente do programa CQC da Band, publicou em seu Twitter – site de microblogging onde pode-se escrever textos com até 140 caracteres – a seguinte piada: “King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?” A piada pegou mal e chegou uma denúncia ao Ministério Publico Federal. A ONG Afrobras também pretende entrar com uma representação contra o repórter.


Coincidentemente, isto ocorreu na mesma semana em que se celebra o 15º ano da morte de Mussum, um dos maiores humoristas negros do país. Reconhecido como único dos “trapalhões” que não representava nenhum personagem, e sim a ele próprio, ficou conhecido por satirizar sua condição de negro com expressões tais como “negão é teu passadis” e “quero morrer pretis se tiver mentindo”.


Se estivesse vivo, talvez reagisse da seguinte forma ao ser perguntado sobre racismo: “Criôlo é tua véia! Me dá um ‘mé’ que eu vou me empirulitar. Cacildis!” E pronto.


De fato, talvez o preconceito esteja nos olhos de quem vê.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Déjà Vu


DÉJÀ VU: Expressão da língua francesa que significa, literalmente, "já visto".

* Texto Publicado em Julho/2009.


Na manhã deste último sábado o Brasil voltou a sentir a terrível sensação de ver um jovem e talentoso piloto de formula 1 sofrer um grave acidente. Parecia que já tínhamos visto esse filme antes.

Uma mola, pesando cerca de 800g e 20cm de comprimento, se desprendeu da suspensão traseira da Brawn de Rubens Barrichello e ficou “quicando” na pista até ser interceptada por Felipe Massa, a quase 200km/h. A peça atingiu o lado esquerdo do capacete do piloto, ferindo poucos centímetros acima do olho de Felipe, destruindo parte da viseira. Quem poderia prever um acidente como esse? Para os especialistas, foi pura fatalidade.

Difícil não lembrar a fatídica manhã de 1º de maio de 1994, quando a curva Tamburello no circuito de Ímola, na Itália, entraria para a história do automobilismo como o local onde se encerraria a carreira de um dos pilotos mais brilhantes e vencedor da Formula 1, Ayrton Senna.

Guardada as devidas proporções, os dos dois acidentes possuem algumas semelhanças: Em ambos os casos o piloto passou reto numa curva, chocou-se violentamente contra o muro de proteção e teve o capacete atingido por uma peça do carro, sendo esta, a principal lesão.

O que mais chamou a atenção no acidente deste sábado, porém, foi a maneira estranha e pouco convencional que ocorreu. Mesmo durante a transmissão foi difícil entender as razões pelas quais o piloto passou reto na curva, mistério que só foi revelado após várias repetições em câmera lenta.

Num ano bastante complicado para os administradores do principal campeonato automobilístico do mundo, a FIA – Federação Internacional de Automobilismo, recebe um novo golpe. Após quase perder as principais equipes para a disputa do ano que vem e sofrer com as polêmicas sobre o regulamento, já se cogita voltar a discutir sobre a segurança dos pilotos na Formula 1.

Por sorte, desta vez, a história desse acidente terá um final feliz.
Felipe Massa se recupera bem e, provavelmente não sofrerá sequelas. Para a Formula 1, no entanto as consequências podem ser muito mais visíveis. É esperar pra ver.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mudar para Melhorar


"A mudança é a lei da vida" - John F. Kennedy



*Texto Publicado em Julho/2009.



Imperativo leitor, inquieta leitora. Quando algo te incomoda ou te deixa desconfortável, o que você faz? Não, não estou falando dos momentos em que você extrapola, xinga e sai distribuindo pancadas por aí, calma. Deixe isso para os casos de crise de stress. Refiro-me ao momento em que devemos parar para repensar suas ações, refletir e... mudar. Mudar para melhor.

Entretanto, não são apenas nos momentos ruins que a mudança deve fazer parte de nossa vida. Por mais que as coisas estejam aparentemente bem e a situação confortável, às vezes sentimos vontade de mudar.

Pode ser o corte de cabelo, o estilo de se vestir, o trajeto para casa, o almoço do fim de semana, enfim, podemos mudar tudo. Só não mudamos o time de futebol porque está sacramentado no coração, pois, até o próprio nome muita gente anda mudando por aí.

Por outro lado, a mudança também pode ocorrer por necessidade. Ter de mudar de emprego, de escola, de cidade... embora imposta, nem por isso essa situação deve ser vista como algo negativo.

Seja qual for a razão de sua mudança, é certo que há sempre mais benefícios que prejuízos, por mais que num primeiro momento só enxerguemos as trevas.

Só percebemos a luz da mudança quando temos a tranqüilidade para nos darmos conta dos novos horizontes que nos aparece.

Novos rumos, novas possibilidades. Onde temos a oportunidade para repetir os feitos vitoriosos e reestruturar os projetos frustrados.

Quem não se lembra dos tempos de colégio, quando se entrava na nova sala de aula e não conhecia ninguém à sua volta. Precisava começar do zero a árdua tarefa de, cuidadosamente, criar novas e sinceras amizades.

Se no início achava que estava sozinho, no fim a recompensa vem quando acaba se dando conta de que, possui tanto as novas quanto as velhas amizades.

John F. Kennedy, ex-presidente dos Estados Unidos, em um de seus discursos, foi muito feliz ao discorrer sobre a mudança e seus impactos na vida das pessoas:

"A mudança é a lei da vida. E aqueles que confiam somente no passado ou no presente estão destinados a perder o futuro."

É bom estarmos preparados.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Doutor, Eu Não Me Engano!


"Eu não sabia mais o que fazer, troquei um coração cansado de sofrer!" - Trecho da música de Silvio Santos


* Texto Publicado em Julho/2009.


Torcedor corinthiano, desta vez eu escrevo para você. Na verdade quero que me ajude numa dúvida que recorre não só a mim, mas acredito que em várias pessoas: Você gosta de sofrer?

Pode parecer estranho, mas é comum ouvir isso de torcedores alvinegros, como se sofrer fosse algo agradável: “Corinthiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus!” – diz o famoso grito da torcida. Graças a Deus? Vai entender...

É certo que aquela vitória suada, com um gol chorado no finalzinho do jogo tem um sabor diferente, algo que inflama até mesmo aquele torcedor mais tímido.

Os últimos jogos do Corinthians pelo Campeonato Brasileiro, aliás, foram perfeitos para esses “sofredores” orgulhosos e assumidos:

Primeiro, uma goleada à favor em casa. Que beleza! Depois, goleada sofrida fora... é, acordou com dor de cabeça em plena segunda-feira. Em seguida, um jogo eletrizante contra um antigo algoz. O mesmo que foi o responsável por adiar em um ano sonho da Libertadores.

Nesse embate, o time saiu perdendo, virou o jogo, tomou o empate, mas no final do jogo conseguiu o gol da vitória. Gostinho de vingança? Sofrimento saboreado até o último minuto. Mas precisava tanto?

Dizem que é impossível compreender. Para os torcedores, é uma maneira prazerosa de sofrer. Se o timão ganhar então, vale em dobro. Vai etender... (denovo!)

Neste domingo, porém, o time teve pela frente o atual vice-campeão continental, o Cruzeiro. O time celeste, ainda traumatizado pela derrota na Libertadores, viria com tudo para evitar uma derrocada no Brasileirão, com Kleber, inclusive, abrindo mão da lua de mel para manter as pazes com a torcida. O tempero já estava pronto.

Durante o jogo, o Corinthians se destaca. Abre 1x0 logo aos 22 minutos e, cinco minutos mais tarde, Ronaldo tem a oportunidade de ampliar em cobrança de pênalti. No lance, Leandro Silva do Cruzeiro foi expulso ao meter a mão na bola. “Jogando bem, com um homem a mais e pênalti a favor, dessa vez não deve ter sofrimento” – pensam os torcedores. Não deveria.

Isto porque o Fenômeno desperdiçou a cobrança, o time alcançou o maior número de gols perdidos em uma partida, viu o Cruzeiro encostar no placar no segundo tempo e só não tomou o empate no último lance porque Chicão salvou em cima da linha. Ufa! Quanto sofrimento!

É... não tem jeito. Silvio Santos tinha razão ao compor a marchinha de carnaval cuja letra diz que tem que trocar um coração corinthiano. É sofrimento demais para um só agüentar.

Mas perai! Sofredor com muito orgulho, graças a Deus!


sexta-feira, 17 de julho de 2009

"Super Ação"


"Superação"


* Texto Publicado em Julho/2009.

Incansável e exigido leitor. Quantas vezes você já se deparou com uma situação na qual se perguntou: “será que eu consigo?”

Desde a infância passamos constantemente por situações como esta. Por vezes a barreira nem é tão grande assim, mas são as circunstâncias que complicam as coisas.

De tomar um banho em dias gelados à resolver uma fórmula de física quântica; preparar os filhos sonolentos para irem à escola pela manha ou entregar aquele relatório completo na mesa do chefe em dez minutos, são várias as ocasiões em que você tem que se virar, desdobrar, ou melhor, se superar.

Embora essa palavra esteja intimamente ligada a atletas de elite, há por aí muitos pais de família, funcionários ou estudantes (há melhor exemplo pra quem deixa tudo para a última hora?), talvez um pouco fora de forma, é verdade, mas que na hora do aperto dão uma verdadeira aula de resistência a muitos maratonistas.

Nem é preciso realizar grandes feitos para considerar uma superação, mas nem por isso faltará garra e determinação para encarar os desafios do dia a dia.

Não é porque Adoniran Barbosa escreveu na música Saudosa Maloca de Demônios da Garoa que “Deus dá o frio conforme o cobertô” (sic) significa que vamos dormir no inverno de janelas abertas, não é mesmo?

Se toda ação leva a uma reação, para superar os obstáculos é preciso algo a mais, uma dedicação extra, uma “super-ação” propriamente dita. Só depois é permitido cantarolar “saudosa maloca” por aí, mas apenas para prestigiar o clássico da MPB.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O peixe Precioso

LUTO


Hoje, infelizmente,
meu texto não tem uma história
não tem uma motivação...
talvez, sejam palavras sem nexo,
pois é assim que fala o coração

Falar o quê,
se a voz rouca fica presa na garganta?
Em vão, as palavras voam,
como o vento que sopra
e nunca descansa

Meticuloso, frio e calculista;
diversas são suas características
embora por dentro,
jamais deixastes de ser uma criança.
Sonhador? não, realista.

Construtor de sua própria vida,
sem capacete ou planta
e, que no fim, contruiu uma fortaleza.
Quem vê, até se espanta.

Uma não, foram três.
Como se não bastasse o trabalho de uma,
foram feitas todas ao mesmo tempo.
De uma só vez.

Que mais um homem pode deixar
aqui na terra como sua herança,
senão a alegria, a educação
e o respeito de uma criança?

Sim! Tu és o escolhido.
Desceu à Terra e fez sua obra.
Trabalho concluído!
Deixou marcas, saudades, lembranças
e agora retorna ao lar querido.

Como um pescador
que lança suas redes ao mar
Deus também assim o fez
ao vir aqui lhe chamar.

Partida que mesmo para Ele, o Pai,
sem dúvidas, também foi dolorosa.
Do contrário, não teria feito isto
naquela madrugada fria e chuvosa.

Lançou suas mãos invisíveis
para ter de volta o filho, pai, marido e amigo precioso.
O pescador de homens deve estar feliz,
pois levou aquele que para nós é (e sempre será)
o peixe mais valioso.



* Homenagem a um homem muito querido. Meu primo Edson, que faleceu na madrugada deste do domingo (dia 12 de julho) na praia de Barequeçaba em São Sebastião, vítima de afogamento durante uma pescaria. O mar estava muito revolto, derrubou várias pessoas na água gelada. Todos foram salvos pelo Corpo de Bombeiros, exceto Edson. Encontrado ontem, foi sepultado hoje, 15 de julho.

- Deixa 3 filhas (trigêmeas), saudades e uma brilhante história de como vencer na vida caminhando com as próprias pernas.




Repercussão na mídia, clique aqui.



PS: Texto incidental. Um desabafo em forma de homenagem...



R.I.P.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Santo de Casa Faz Milagres?


"O problema é que só botamos fé no santo do vizinho"

Texto Publicado em Julho/2009.


Esta semana chegou ao fim o 53º Jogos Regionais de Atibaia. A cidade acolheu delegações de vários municípios da região, obteve um grande desempenho ao ficar com a sexta colocação no quadro geral de medalhas e, de quebra, arrancou alguns elogios na organização do evento e na estrutura oferecida aos participantes.

Apesar do aparente sucesso dos nossos atletas e do empenho de pessoas ligadas à competição, porém, basta um simples exercício para constatar o baixo número de participação da população nos Jogos Regionais: Quantas pessoas do seu círculo de amizades acompanharam o andamento da disputa?

Falta de divulgação? Interesse da população? Ou seria resquícios de épocas passadas em que se acreditava que santo de casa não faz milagres?


Oras, já está na hora de levarmos certas coisas mais a sério, deixarmos aquela síndrome de vira-lata para trás e valorizarmos um pouco mais aquilo que é nosso. E não é só porque em breve o “país do futebol” vai receber a badalada Copa do Mundo que devemos nos concentrar apenas nisso e fechar os olhos para tudo que ocorre ao nosso redor.

Nem sempre o gramado do vizinho é mais verde, o que vem de fora melhor que o nacional, tampouco o futebol deva ser a única modalidade esportiva que mereça destaque e prestígio entre os brasileiros.


Além dos Jogos Regionais, Atibaia também acolhe vários outros eventos importantes. Alguns, inclusive de destaque nacional e internacional como os festivais de Inverno e Audiovisual e nem por isso, recebe o prestígio que deveria.


Portanto, a culpa não é do santo de casa que não faz milagres. O problema , talvez, é que estamos (mal)acostumados a botar fé apenas no santo do vizinho.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Casos e Acasos


Seja por acaso ou não, faça valer a pena!

*Texto Publicado em Julho/2009


Receoso leitor, desconfiada leitora. Você acredita em acaso? Sim, essas coisas que acontecem a esmo, sem motivação aparente e que às vezes até parece ser um pequeno milagre. Para alguns, é apenas coincidência, para outros, destino.

Não vou entrar no mérito sobre qual das opções é a correta, mas o fato é que todos nós estamos suscetíveis a qualquer uma delas.

Esta semana, por exemplo, ocorreu um fato curioso comigo. Uma música que gosto muito, mas que há tempos não ouvia, tocou enquanto eu entrava numa loja, depois no rádio do carro e mais tarde vi uma matéria sobre a banda na página inicial de um portal de internet.

Logo pensei: “puxa, mas que coincidência!” É... talvez. De qualquer maneira, serviu para relembrar algumas músicas da banda e matar saudades de épocas passadas. Aliás, este é um exercício que faz bem e eu recomendo.

Escolher fazer um caminho diferente ao voltar para a casa, mudar o horário de almoço, encontrar alguém inesperadamente, pode parecer natural e corriqueiro, mas se pensarmos bem, isto pode nos levar a conhecer novos lugares e novas pessoas. Melhor ainda é saber aproveitar ao máximo as oportunidades que nos surgem.

Por acaso ou não, elas estão aí e não devem ser desperdiçadas. Não dizem que as maiores invenções da história ocorreram ao acaso ou por acidente? Prefira não correr o risco perder uma chance de mudar para melhor, de viver uma aventura ou fazer algo que no futuro você possa se lembrar com alegria.

Por via das dúvidas, faça valer a pena!! Aliás, é justamente essa a mensagem que a música que me referi traz na letra. Chama-se Time Of Your Life – Green Day.

Olhaí! Eu sabia que não era por acaso.

=)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Mais do Mesmo

Quão maior a expectativa, maior a decepção



*Texto Publicado em Julho/2009


Semana passada, escrevi nesta coluna um texto sobre surpresas e discorri que ela pode ser boa ou ruim. Desta vez, porém, vamos olhar o lado negativo da surpresa, quando ela nos leva a outra palavra, outro sentimento que está intimamente ligado ao futebol: a decepção.

A maior delas, é verdade, só ocorre na última rodada, quando é conhecido não só o campeão, mas também aqueles que morreram na praia, e pior: os rebaixados. Este é o mais duro golpe que um torcedor pode receber, sem falar nas gozações que terá de engolir dos “amigos”, torcedores rivais.

Mas peraí, ainda estamos no início do campeonato! Ok, mas nem por isso, estamos livres das decepções. Um grande exemplo é o time mais vencedor dos últimos quatro anos no Brasil: o São Paulo F. C.

O atual tri-campeão brasileiro, quem diria, conseguiu apenas uma vitória nas ultimas seis partidas, somou apenas nove pontos em 21 disputados e, neste momento, beira à zona do rebaixamento. Jogadores desmotivados, comissão técnica contestada e diretoria mais interessada na abertura da Copa do que no time. Quanta decepção! Nem mesmo o mais pessimista dos torcedores iria imaginar um aproveitamento tão ruim em um campeonato tão importante, ainda mais depois da prematura desclassificação da Libertadores.

É cedo, porém, afirmar que o time vai decepcionar no fim do campeonato. Haja vista que nos anos anteriores, mesmo com um início irregular, o time cresceu nas rodadas finais e acabou levando o título. Mas se a equipe mantiver esse desequilíbrio emocional e não mudar logo de postura dentro de campo, não vai adiantar o torcedor fazer mandinga, promessa pro santo ou usar a cueca da sorte até dezembro.


Esta ultima, aliás, só vai atrasar o jogo com a esposa ou namorada. Esqueça! De decepção, basta a sua, amigo torcedor. Só nos resta torcer...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Felicidade Gratuita

"É incrível como procuramos a felicidade tão longe, enquanto ela dorme junto aos nossos pés"



*Texto Publicado em Julho/2009.



Muitas pessoas passam a vida inteira em busca da felicidade. Algumas conseguem, outras apenas vivem, sem se importar como e outras morrem tentando. Qual a diferença? Será que a felicidade plena não existe? Ou somos nós que não sabemos onde procurá-la?


Para tentarmos descobrir vestígios para essas respostas, antes de tudo, precisamos deixar algo bem claro: o que é ser feliz pra você? A partir dessa resposta, é possível trilhar o caminho de suas expectativas até que consiga realizá-la.


Ao contrário do que muita gente pensa, a felicidade plena não é aquela que parece estar distante de nossa realidade. Morar num castelo, ter um helicóptero, um barco, gastar milhões no shopping são apenas extravagâncias que, de fato, podem gerar um prazer e uma alegria momentânea, mas que sozinhas não perduram muito tempo. A felicidade plena, por sua vez, está bem perto da gente e nas coisas mais simples.


Eu costumo chamá-la de “felicidade gratuita”. Como o nome já pressupõe, é aquela que vem de graça, que não exige nada em troca. É aquela explosão de alegria ao reencontrar um amigo, passar pequenos grandes momentos na companhia de uma pessoa querida, num abraço forte, no beijo sincero, na pura gratidão de uma criança. Acredite. Isto não tem preço, embora não custe nada.


É incrível como procuramos a felicidade tão longe enquanto ela dorme junto a nossos pés. No entanto, não é preciso tropeçar e cair para encontrá-la. Basta olhar com mais carinho àqueles que estão a sua volta e colecione sua felicidade gratuita de cada dia. Apenas tome o cuidado para não passar por cima e acabar deixando-as para trás.