segunda-feira, 29 de março de 2010

Meu Time Perdeu!

"Essa é a dura vida daqueles que escrevem sobre futebol..."


*Editoria: Esportes
Texto Publicado no Jornal Dia@Dia
Março/2010


Ô vida difícil essa de jornalista. Especialmente aqueles que fazem a cobertura esportiva.

Muita gente pensa que somos uns verdadeiros vagabundos, que ganhamos dinheiro à custa de diversão, assistindo jogos de um lugar privilegiado ou simplesmente fazendo comentários óbvios sobre lances repetidos à exaustão na tv.

Talvez não seja tudo mentira, mas ninguém se atenta para um detalhe curioso. Nós também somos torcedores! E como é difícil escrever sobre a derrota do seu time!

Puxa vida! E ainda temos que ser imparciais! Aquele time sem-vergonha ficou dando bobeira o jogo todo, com marcação frouxa e ataque descalibrado e quem paga o pato somos nós, meros torcedores-escritores?!

Opa, desculpe. Acho que me exaltei. O que quero dizer é que nós também temos o “Day after” das derrotas. Se for em um clássico então, fica pior ainda. 

Isto porque, muitas vezes, aqueles velhos amigos camaradas utilizam aqueles argumentos que você mesmo escreveu em sua coluna para lhe tirar sarro.

Que beleza! Assim não posso nem contestá-los!!

É... essa é a dura vida daqueles que escrevem sobre futebol. Aquela caixinha de surpresas que não nos surpreende tanto assim, justamente por ser tão imprevisível.

Ficou difícil de entender não é? Mas também, pudera! Meu time acaba de perder um clássico! Seja compassivo.

Enquanto isso, eu vou ali tomar uma aspirina...

sexta-feira, 26 de março de 2010

Os Dois Lados de Uma Mesma História


*Pensamentos e devaneios
Texto Publicado no Jornal Dia@Dia
Março/2010

 
Uma mesma moeda possui dois lados diferentes

Aquela montanha alta pode ser uma subida íngreme ou uma ladeira enorme. Depende do ponto de vista.

A estrada tem sempre um começo e um fim, nos leva de um lado ao outro. 

Mas qual é o lado que ela começa? Que lado ela termina? Qual a direção correta?

Muitas dúvidas.

Mas eu sei que uma mesma história pode ser contada de formas diferentes. Embora com o mesmo final.

Afinal, a verdade é uma só. Mesmo que o sonho seja coletivo.

Lembre-se: a lembrança é única. Mas as sensações são múltiplas.

Medo, angústia, saudade, carinho...

Enfrentar ou correr?

Não fuja! Pra que se esconder?

Ei, cadê você? Aonde você foi? Porque você some assim?

Justamente quando eu mais queria, mais precisava...

Por que tudo deve ser tão complicado assim? 

Será que é só pra mim? Ou a incerteza também tem dois lados?

Não dá pra viver com essa inconstância...

Se for mesmo verdade que existem sempre dois lados de uma mesma história, bem... este aqui é o meu:

(...)


segunda-feira, 22 de março de 2010

Ah... que saudade!

"Ressuscitaram a paixão pelo futebol-arte!"


*Editoria: Esportes
Texto Publicado no Jornal Dia@Dia
Março/2010.


Sabe quando você reencontra aquela paixão de infância?

Aquele primeiro amor, que te fazia perder o sono, o apetite e tirava toda sua concentração.

Que fazia sua voz sumir, as mãos suarem e as pernas tremerem. Não saia do pensamento.

Ah, que saudade!

Mas ela está diferente hoje, embora ainda guarde grandes semelhanças.

Quando a vejo desfilar pelo gramado parece que vejo a mesma imagem de tantos anos atrás.

Aquela roupa alva, branca, desfilando charme e elegância. Deixando de boca aberta todos aqueles meros espectadores de sua beleza.

E que beleza! Até mesmo aquelas pessoas que não gostam tanto dela acabam parando para admirar sua passagem. E encanta.

Este fim de semana, ela desfilou novamente. E deu um verdadeiro show. Exatamente como naqueles anos áureos.

A equipe santista deu mais um espetáculo de futebol no último domingo. 

Jogando um futebol alegre, bonito e ofensivo, assim como nos tempos de Pelé, os novos Meninos da Vila de Paulo Henrique Ganso e André foram novamente brilhantes.

Fizeram os saudosos torcedores santistas relembrarem seus tempos do rei, das goleadas históricas e jogadas geniais.

Fizeram reviver uma paixão antiga, que já estava quase esquecida em tempos de futebol burocrático que busca somente o resultado.

Ressuscitaram a paixão pelo futebol-arte!

Ah... que saudade!


sexta-feira, 19 de março de 2010

Nosso Filme


Doação
Ou medo da partida?
Decepção
Ou excesso de expectativa?

Sei lá, tanto faz,
seja o que for...
Paixão ardente,
desejo inconseqüente
Sei lá, talvez....
Não deve haver pudor.

E essa vontade de estar sempre perto?
E os pensamentos que não me saem da cabeça?
Deve ser porque eu sempre corro de peito aberto
E faço de tudo para que isso aconteça.

Mas parece que nem sempre isso é o certo
Ou então, não há o que posso fazer.
Devo ficar só te admirando, mas não de perto;
Ficar à distância: Querer não é poder.

Acho que já vi este filme...
Romance,
Suspense,
Terror...

Sei lá, tanto faz,
seja o que for...
Como entender o inexplicável?
Amor.


A Janela da Alma

Afinal, pra que queremos ler mentes se podemos ler os olhos?


* Editoria: Comportamento/Cultura
Texto Publicado no Jornal Dia@Dia
Março/2010.

 
Ahh como eu queria...

Como eu queria poder ler a mente das pessoas, saber o que se passa em suas cabeças. O que pensam de mim, do que elas gostam, o que querem fazer.

Não há dúvidas que tudo ficaria mais fácil. Não haveria aborrecimentos, mal-entendidos, confusões, brigas. Já estou cansado de tudo isso.
Seria tudo perfeito. Eu poderia raciocinar com tranqüilidade e decidir melhor o que fazer em cada situação.

Veja que legal: Posso saber exatamente o que você está pensando agora! E não adianta tentar mudar o pensamento, pois eu vou saber mesmo assim. Te peguei....haha! Bacana, legal. Mas logo acaba a graça...

Isto significa que nunca vou ser surpreendido, jamais vou ficar emocionado com um presente, pois já vou saber o conteúdo do pacote, não vou ter mais o que “ler nas entrelinhas”, não vou mais experimentar o tempero da expectativa.

E que tempero bom! Como é gostoso ficar na expectativa, sentir a mão suar e a espinha gelar.

É o lado doce da dúvida, da espera, da ansiedade.

Mas é preciso ter cuidado com esse tempero, para a receita não desandar. Expectativa demais é sinônimo de decepção, sempre, em todo lugar.

E ao contrário do que se pensa, a culpa pela frustração não está naquele que não atendeu às expectativas, mas sim, naquele que a depositou no outro. Em excesso.

Não que isso seja feito por mal, pelo contrário. Na maioria das vezes isto só acontece porque se gosta e confia muito no outro. E então, exige-se além da conta.

Aí se fica à espera de uma determinada atitude, palavra ou reação que não vem... Que decepção!

Ah, como eu queria saber o que estava se passando com você naquele momento...

Pensando bem, melhor não. A melhor expectativa é a espera para se fazer as pazes, olhando nos olhos e lendo dentro deles o que a boca não consegue dizer.

Afinal, pra quê queremos ler mentes, se podemos ler os olhos? Não são eles as janelas da alma?

Então apenas olhe nos meus olhos...


segunda-feira, 15 de março de 2010

O Paradoxo do Futebol

O Futebol desperta uma loucura com prazo de validade: 90 minutos.


*Editoria: Esportes
Texto Publicado no Jornal Dia@Dia
Março/2010


O futebol é mesmo um esporte paradoxal. O torcedor nunca está feliz por completo, parece que está sempre faltando alguma coisa. 

O time nunca é o ideal, as modificações do técnico sempre são contestadas, aliás, esse técnico serve para o seu time?

A grama do lado do campo do time adversário é sempre melhor, embora os lados sejam invertidos no segundo tempo.

O juiz é ladrão mesmo, isso todo mundo concorda. Mas quando o lance é a favor, o torcedor sempre quer mão na bola. Se for contra, é bola na mão. Mas o danado do apitador sempre rouba mais pro time rival!

Os pênaltis que existem, não são marcados. Os que não existem, são anotados! Os impedimentos então, vixe... nem se fala!

O futebol é o único jogo coletivo que sempre dá zebra! O time favorito tem grandes chances de perder para um time pequeno. Veja se isso acontece no basquete? No vôlei? Certamente não.

Só no futebol. Esse jogo que desperta uma loucura consciente e que tem prazo de validade. São 90 minutos de adrenalina, angústia e sofrimento que faz o torcedor um pouco mais feliz
Isto é, quando o seu time ganha! Porque, quando perde, é uma dor de cabeça que dura uma semana.

A segunda-feira, que por si só já é uma dureza, fica quase insuportável quando o time do coração sofre uma derrota. As gozações dos amigos (e que amigos, hein?) faz da segunda o dia mais longo da semana.

Mas se quer deixar um torcedor louco de dúvida, de verdade, pergunte à ele o que prefere: seu time perder, jogando bem, ou ganhar jogando mal?

E nesse campeonato paulista, exemplos não faltam. Perguntem aos santistas e palmeirenses. Quem está mais feliz com seu time?

Parada dura, hein? É mais fácil entender o que é paradoxo do que entender o futebol...


sábado, 13 de março de 2010

O Diamante e o Rubi

*Excepcionalmente, desta vez, publicarei um texto que não é de minha autoria.
São pensamentos e reflexões uma pessoa querida. Para mais textos, acesse o link de Blog recomendado no menu à direita.
Boa leitura!

O Diamante e o Rubi

 Por: Münich Afeltro

Na vida, nos deparamos com apenas alguns diamantes e rubis. Não faço referência às pedras preciosas propriamente ditas, mas sim, às pessoas dessa categoria que conhecemos ao longo dela.

As pessoas ‘diamantes’ aparentam uma resistência natural e demonstram que não podem ser atingidas por nada.

No entanto, possuem uma extrema fragilidade interior. Sua transparência acaba por ser incontestável, resultando em muitos conflitos no meio social e afetivo, pois sua forma de expressão faz com que as palavras sejam geralmente muito rudes, e somente as pessoas mais sábias e pacientes conseguem lidar com esse tipo de situação. 

Com isso adquirem o poder de lapidá-las com cuidado e, sem exageros, isso não influencia na mudança total da sua personalidade. O que de fato acaba tendo o seu lado positivo, pois é uma boa forma de ajuda no crescimento individual desse ser inconquistável.

As pessoas ‘rubis’ contêm muitas imperfeições e são excepcionalmente raras. Mesmo também sendo transparentes, possuem uma característica diferente de comunicação e por isso, dominam melhor as palavras. 

Possuem grande defesa ao impacto de atitudes e administram bem suas reações, o que não as deixam livres de serem rudes às vezes. Apresentam forte fonte de energia e equilíbrio, o que acaba sendo o fator que mais atrai e chama atenção das pessoas a sua volta. 

Contudo, elas precisam viver dentro desta mesma sintonia e parecem tornar-se parte de nós em poucos instantes. E quando isso acontece mesmo que numa ocasião atípica do nosso cotidiano, não conseguimos deixá-las ir. O que nos exige ainda mais cuidado nessa relação.

Fatores em comum: As duas são extremamente desejadas e únicas. Não existem duas pedras iguais, assim como essas pessoas.

E geralmente é quando a encontramos que chegamos ao nosso extremo. Começamos agindo por impulso e tomando decisões impensadas, uma adrenalina corre dentro de nossas veias e não entendemos se é puro instinto ou simplesmente a chamada: vontade à flor da pele. 

Sentimos como se não pudéssemos respirar e necessitamos da luz própria que elas contem e nos proporcionam. E pouco depois surpreendemo-nos com a atenção que damos a cada detalhe. 

Nesse momento aprendemos a apreciar a simplicidade de cada ato e damos o real valor que ele tem. Assim nos tornamos pessoas melhores e mais flexíveis diante as situações da vida.

É preciso saber compreender os sinais, pois eles nos confundem. Na vida só existem um diamante e um rubi pra cada pessoa. Então não nos enganemos com as semijóias que encontramos por aí. Basta ficarmos atentos e certamente encontraremos uma dessas duas pedras preciosas. 

E como seria magnífico se estas se encontrassem uma com a outra, não é mesmo?

Tenhamos todos uma boa sorte! 
 
 


segunda-feira, 8 de março de 2010

Redenção!

"Redenção: salvação moral ou psicológica de alguém"


*Editoria: Esportes
Texto publicado no Jornal Dia@DIa
Março/2010.


Segundo os dicionários, significa a salvação moral ou psicológica de alguém.

Um sujeito que foi ofendido, escorraçado, enxotado, humilhado quando consegue dar a volta por cima, afirma-se que ele conseguiu a redenção.

Há pouco estava cabisbaixo, triste e envergonhado por sua situação. Agora está confiante, cheio de alegria e com vontade de vencer.

No futebol isso acontece a todo o momento. Rodada após rodada, jogo a jogo. 

O jogador ou o clube podem ir do céu ao inferno em cada partida e até mesmo dentro de 90 minutos.

Este fim de semana não foi diferente. E quando os craques dos times não fazem nada em campo a tarefa de levar o clube à vitória cabe àqueles que até pouco tempo eram contestados ou estavam entregues ao banco de reservas.

É o caso do jogo do Santos, neste domingo. Nem Robinho, nem Ganso, nem Neymar. O nome do jogo foi um Zé, um tal de Zé Eduardo que saiu do banco de reservas para empatar a partida no último minuto.

Já no jogo do Corinthians, Dentinho, uma das grandes revelações do clube nos últimos anos, mas que ultimamente é presença constante no banco de reservas, também entrou no segundo tempo para mudar o panorama do da partida e deu a vitória ao time alvinegro.

No São Paulo, Rogério Ceni pegou um pênalti e fez defesas importantes para garantir a vitória jogando fora de casa. E quem fez os gols do Tricolor?

Washington! Ele que já foi comparado a um cone, chamado de caneludo pelos próprios torcedores desencantou e marcou 2 gols.

Estes são alguns exemplos de jogadores que encontraram a redenção esta semana. Mas é bom deixar claro uma coisa: Essa redenção tem prazo de validade!

Ela dura até começar a próxima partida. Só depois vamos saber se eles continuarão sendo os mocinhos ou os vilões dessa história.


sexta-feira, 5 de março de 2010

Escolhas

A cada escolha que fazemos, renunciamos todas as outras.


*Editoria: Comportamento
Texto Publicado no Jornal Dia@Dia
Março/2010


Parece uma coisa simples, é apenas uma palavra, mas não é bem assim. As aparências enganam. Há muitas coisas envolvidas e escondidas no meio dessas sete letrinhas.

Como é difícil tomar uma decisão sem saber como vai ser o futuro!

Mas o fato é que a todo o momento estamos fazendo escolhas, traçando nosso destino a cada minuto, a cada decisão, a cada opção.

Alternativas, temos várias, todos os dias. Das mas simples até as mais complicadas.

Desde a escolha entre levantar ou dormir por mais cinco minutos pela manhã à difícil decisão de mudar de emprego, de namorada, de religião, de país.

Mas pensando bem, talvez seja justamente essa dificuldade a “graça” de obter uma escolha: Um misto de dúvida, expectativa, angústia e esperança.

Tudo isso e mais um emaranhado de sensações, que faz nosso coração bater em ritmo acelerado, as mãos suarem frio, as pernas estremecerem e sentir um frio na barriga pouco antes de tomar uma decisão importante.

Além disso, que graça teria trilhar um caminho o qual já se conhece de cor todo o percurso? Nenhuma. Seria monótono!

O grande prazer da caminhada da vida está nas surpresas que encontramos pelo caminho.

É isto que nos deslumbra a cada esquina, a cada curva, a cada dia, a cada encontro ou desencontro.

Por outro lado, a cada escolha que fazemos, renunciamos a todas as outras.

E aí? Qual é a melhor? Qual é a correta? A quem devo seguir: a razão ou a emoção? Não são respostas fáceis...

Mas a escolha é uma só.

E só depende de você.


segunda-feira, 1 de março de 2010

Virado Pra Lua

No futebol, tem dias que a noite é fogo...


*Editoria: Esportes
Texto Publicado no Jornal Dia@Dia
Fevereiro/2010


No futebol, há dias que a noite é fogo, nada dá certo.

Se a bola bate na trave, ela sai. Se o goleiro do seu time defende o pênalti, ou não vale, ou o jogador adversário pega o rebote e faz o gol.

O técnico pode até trocar o time inteiro que mesmo assim não dá nada certo, a bola não entra.

O jogador pode estar debaixo da trave, sem goleiro que ele....erra! O Tcheco do Corinthians poderia dar uma palestra sobre isso...

Nessa hora até o morrinho artilheiro muda de lado e de nome: passa a jogar contra e se torna o morrinho zagueiro. O Washington que o diga, naquele gol incrível perdido contra o Barueri.

Mas nem só de desgraça vive o jogador e o torcedor. Há também os dias e as noites “iluminadas” dos jogadores.

Aquelas que mesmo o chute torto, que normalmente sairia para a lateral, encontra uma perna no meio do caminho e entra.

Aquelas que o zagueirão adversário tenta cortar um cruzamento e faz contra. Essa é clássica!

Ou então, não tem jeito: o cara está virado pra lua. Neste domingo, por exemplo, Fernandinho fez sua estréia com a camisa do São Paulo, jogando na Arena Barueri.

O rapaz se sentiu em casa. E conseguiu a proeza de, em apenas 45 minutos, fazer incríveis 4 gols em 4 tentativas. E no jogo de estréia!

Isto significa 100% de aproveitamento nos chutes para o gol. Mas nem a nossa Majestade, o Rei Pelé conseguiu tal proeza.

Tudo bem que ele contou com a ajuda do goleiro adversário, mas quando a sorte joga à favor, a bola rebate na canela e entra, bate na trave e entra, passa por baixo das pernas do goleiro e entra.... Fernandinho que o diga!

É... tem dias que a noite é fogo!