segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

As Duas Palavrinhas Mágicas

Como pode? Duas palavrinhas me fizeram perder todas as outras?



De repente, senti como se o tempo tivesse parado: não via nada ao meu redor, só eu e ela. Uma luz branca nos envolvia como uma densa fumaça, fazendo parecer como se estivéssemos flutuando.

Sim, eu perdi o chão. A garganta estava seca, meus olhos se mexiam numa velocidade alucinante, sem saber ao certo onde fixar o olhar.

A respiração se tornou ofegante, o coração batia em ritmo acelerado, a pele arrepiava, não podia ouvir mais nada, senão aquela voz...

Ainda sem saber ao certo o que tinha acontecido, tudo o que eu pude perceber é que ela estava ali, sentada, sozinha e chorando...

Aquela pele clara não escondia o nervosismo, estava bastante rosada e úmida pelas lágrimas que escorriam em seu rosto.

Aqueles olhos azuis da cor do mar, tão marcantes. Antes tão suaves e tranquilos, hoje estavam vermelhos, transbordando lágrimas, assim como um mar que joga suas ondas contra as pedras do litoral.

Aquelas mãos macias e trêmulas, recém adornadas com desenhos de flores em suas unhas, seguravam entre os dedos um papel cuidadosamente dobrado.

Papel que, a esta altura, já estava regado com alguns pares de gotas de lágrimas. Absorvendo como se fosse seu, gratuitamente, toda emoção que simplesmente emanava no sorriso daquela moça.

Um sorriso misturado ao choro. Choro de alegria ou um sorriso disfarçado de nervoso e tristeza? - perguntava a mim mesmo enquanto fazia um tremendo esforço para soltar alguma palavra.

"Palavras, apenas, palavras pequenas, palavras ao vento..." já cantava Cássia Eller. Com ela aprendi que não deveria apenas jogar palavras ao vento. Por isso minha preocupação em tentar encontrar algo que a confortasse e, ao mesmo tempo me permitisse tentar descobrir o que estava acontecendo.

Foi aí que então apenas duas palavras me fizeram perder todas as outras. Como pode? Duas palavrinhas mágicas que me fizeram entrar em êxtase...

Uma sensação indescritível! Confesso que não acreditava quando me diziam: "ah, isso não tem explicação". Fui vencido.

No momento em que nem todas as palavras de todas as línguas do mundo seriam capazes de traduzir minha sensação, eu só pude beijá-la, abraçá-la e chorar junto com ela. E choro de felicidade.

Agora posso reencontrar o chão, reaver as palavras, recobrar os sentidos e voltar ao mundo real.

Agora, mais do que nunca, preciso ir trabalhar!!!


Ahh, quanto às duas palavrinhas mágicas?

"ESTOU GRÁVIDA!". Dita por minha esposa, aos prantos, sábado, dia 23 de Janeiro de 2010, as 11:45 da manhã.

Senhoras e senhores, eu serei Papai!!

E estou FELIZ DA VIDA!

Que Deus abençoe essa nova vida que está para nascer.

Amém.


3 comentários:

  1. Lindo Éder!!!!!!

    Não tenho nem o que dizer....

    Parabéns!!!

    beijos Paty

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  2. Aow Papai, que esse nenem venha abençoado por Deus, pq vcs mereçem ! fiquei mto feliz com ah noticia !
    beijos Kaa

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  3. Parabéns, tanto para o Papai quanto para a Mamãe!
    Muitas felicidades para ambos!!!!

    Beijos Taty Bulla

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