Que ironia. De tanto querer evitar, a seleção pecou pelo excesso e os erros foram os mesmos.
*Editoria: Esportes
Texto Publicado no Jornal Dia@Dia
Julho de 2010.
Sabe quando dá tudo errado? Mesmo depois de horas, dias, meses, anos de preparação, quando chega a hora “H”, dá tudo errado. Que frustração!
Este é o sentimento dos jogadores e da comissão técnica da seleção brasileira no desembarque, após a eliminação precoce no mundial da África do Sul.
E agora. O que fazer?
Pensar nos erros, enumerá-los e tentar corrigi-los na próxima Copa pode ser uma boa sugestão. Mas não deve ficar só nisso.
Se pensarmos bem, Dunga tentou fazer este ano, exatamente o contrário do que aconteceu na ultima copa, em 2006.
Em vez de um treino-show, com arquibancada lotada e muita badalação dos jogadores, o ex-capitão preferiu o isolamento total.
Treinos secretos, imprensa barrada, sem direito a entrevistas de jogadores mesmo nos dias de folga. Não adiantou.
O fracasso foi igual. Na mesma fase, por um gol de diferença, contra um time europeu e por conta de falhas individuais.
Não seria o caso de pensar um pouco além do óbvio? Ao tentar corrigir os erros do passado, caímos na armadilha dos excessos.
De tanto querer evitar, a seleção pecou pelo excesso de cuidado e os erros foram os mesmos. Que ironia!
Tal como tomar uma overdose de um remédio para curar um sintoma anterior. Acaba-se adoecendo do mesmo jeito.
Penso que está na hora de mudar. Mudar a forma de se pensar a seleção.
Não apenas tentar achar nomes bonitos como “Famílias Scolari”, “Exércitos de Guerreiros do Dunga” ou “A Festa na Suíça”.
Está na hora do simples. Ser simplesmente a Seleção Brasileira. Com jogadores que jogam e vivem pelo seu país.
Que tenham o tão falado comprometimento com a equipe, mas, sobretudo, com os 190 milhões que ficam torcendo por eles.
Antes de tudo, é preciso resgatar o sentimento mais puro para jogar na seleção: A alegria de jogar futebol. E representar o seu país.
Quem sabe assim, passamos a acertar o passo? O tempo está passando e temos quatro anos para aprender.
Porque em 2014, temos que fazer a nossa lição de casa e em casa. Literalmente.
Muito bom sua reflexão sobre a ja esperada decepçao da nossa seleção, decepçao nao pela derrota mas pela perca da identidade, do futebol alegre que é a marca do Brasil que estamos acostumados a ver jogar
ResponderExcluirbj Eddy
Larissa